Elismar Bezerra Arruda
2017
UMA ESCOLA PARA OS TRABALHADORES: O CASO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM COL
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Síntese
Nesta obra a Escola Pública emerge em movimento, como construção contraditória de muitos: vibrantes em meio a dúvidas, destemidos em face do arbítrio, ternos na tessitura do novo. A Escola como um ente vivo, os Educadores como elaboradores da Vida Nova e, assim, de si mesmos; os alunos como Estudantes e Realizadores do Novo - tudo se afigurando historicamente como luta, indagações e enfrentamentos. Trata da luta dos trabalhadores para educarem-se em outra perspectiva, processo que só realiza concretamente como luta política de reinvenção da política, do poder e da educação-escolar. Construção difícil, de reelaboração da própria vida, de modo que o novo aprendizado, crítico, consciente e militante, revolve as relações, inclusive as mais íntimas, que se elevam, realizando-se como ato político amoroso, de quem vai se entendendo e se querendo companheiro em face da presença ativa do outro. Vemos emergir dessa experiência uma pedagogia que se realiza como política, e de uma política que se afirma no ato pedagógico, fazendo forte a compreensão de que o humanismo do homem só pode desenvolver como um movimento livre e em aberto. É assim que o processo político-pedagógico se afigura como a expressão de determinada filosofia política presente no olhar, no gesto, na fala, no compromisso dos que lidam com a dureza e a doçura da realidade que querem transformar. Constitui-se, portanto, como uma singular contribuição para se compreender a Escola e a Educação-escolar, seus limites e possibilidades e, dessa forma, para entendê-las como instrumento da construção hegemônica dos trabalhadores - cujo processo é, conforme defende o autor, fundamentalmente político-pedagógico. Sim, também os anos de 1980, 1990, constituíram um tempo de grandes sonhos, de singulares experiências, que seguem marcando, referenciando, estimulando a vida de muitos...