ADOLESCÊNCIA E LUDICIDADE: JOGOS E BRINCADEIRA DE ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS I

A existência humana, do berço ao túmulo, é pontuada por comportamentos repetitivos, parcialmente padronizados e representados por uma epifania que estimula as nossas relações com os outros e contribuem para o prazer de uma vida em sociedade. Assim, feita de "projetos" como acentua a sociologia compreensiva de Michel Maffesoli, as crianças e adolescentes, afeitos à imagem de um adulto, serão empurrados para a sua imago. Não importa sua cultura, nem suas circunstâncias, nem, especialmente, aqueles em risco social ou envolvidos em conflitos com a lei, todos serão convocados a viver se expondo às rubricas de sua humanidade. Portanto, o brincar (ludens) em conjunção com a violência (dêmens), aqui se apresentam como faces inerentes ao ser humano, escolhido como o estudo que revela nas considerações finais desse texto com algumas reflexões, que instigam propostas de intervenção críticas e com responsabilidades sociais: repensar o atendimento destinado aos adolescentes, e assim despertar o leitor para investigação nesta área. O texto enquanto fruto de uma pesquisa encerra aspectos pertinentes à ludicidade, igualmente, à transgressão nas brincadeiras e à violência e nos faz supor que é possível a experiência desses “meninos” acontecer em outras bases de acolhimento: diálogo, responsabilidade, proteção e educação.