Águeda Aparecida da Cruz Borges
2018
DA ALDEIA PARA A CIDADE: PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO/SUBJETIVAÇÃO E RESISTÊNCIA I
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Síntese
Este livro resulta de pesquisas desde 2003, que se concretizaram na minha tese de doutorado, sobre a presença/frequência indígena Xavante no espaço da cidade de Barra do Garças-MT. O objeto é um exemplar de alocação de sentidos da discursividade que faz funcionar a contradição constitutiva, que a cidade funda, materializando, o modo de ocupação negada. Assim, no batimento conformado no processo discursivo, que é o procedimento metodológico exigido pela Análise de Discurso de base materialista, na qual me fundamentei, busquei compreender como se subjetiva esse sujeito que está/frequenta a cidade, mas que no discurso deveria permanecer na aldeia, voltar a ser o que era ou, até mesmo, morrer. Tratar essa questão discursivamente é dar visibilidade para a produção da ilusão de objetividade e evidência de uma realidade, de um referente, como se um sentido já estivesse lá: como se o lugar ocupado pelas pelos indígenas nas ruas, calçadas de Barra do Garças, significassem, a priori. Esperamos que os fenômenos marcados discursivamente, possam servir para o debate em torno do papel das instituições superiores sobre a responsabilidade na elaboração, por exemplo, de políticas educacionais que contemplem o caráter contraditório do sujeito que, marcado pela incompletude, anseia pelo desejo de ser inteiro, uno.