Marcelo Marinho; et al
2002
MANOEL DE BARROS O BREJO E O SOLFEJO
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Síntese
A cultura sul-mato-grossense tem como um de seus ícones a figura do poeta Manoel de Barros. Sua produção, baseada em elementos de natureza regionalista, é expressão, de uma poesia sui generis, dinâmica, metafórica e sinestésica, veículo de distintas percepções físicas experimentadas simultaneamente.
A trajetória poética de Manoel de Barros liga-se intimamente à região do Pantanal; em sua obra, transbordam referências à fauna e a flora pantaneiras, bem como à gente da terra. Nesse contexto, Manoel de Barros rompe com as tradições lingüísticas e serve-se com êxito de uma linguagem cabocla, carregada de ingenuidade matreira. Poucos são, todavia, os estudos referentes a essa poesia, fato que dificulta a leitura dessa obra em meio escolar e universitário. Respondendo a esse desafio, a Secretaria Extraordinária do Desenvolvimento do Centro-Oeste (SCO) apresenta Manoel de Barros: o brejo e o solfejo, quinto volume da Coleção Centro-Oeste de Estudos e Pesquisas.
Neste estudo, são abordados importantes aspectos da poética de Manoel de Barros, em cuja obra a cultura regional torna-se um fator simbólico extremamente representativo de uma inovadora concepção do universo. Para tanto, diversos aspectos dessa obra são discutidos pelo organizador deste trabalho, Marcelo Marinho, em um conjunto de seis artigos escritos em colaboração com outros pesquisadores: Arte, erotismo e representação do universo: da pintura rupestre a Manoel de Barros, com Thalita Melotto; Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, e a obra poética de Manoel de Barros:perspectivas comparatistas, com Emanuela Maria Gemignani Ramires; A obra poética de Manoel de Barros: o processo de criação de neologismo, com Waleska Martins; A brasilidade em Manoel de Barros e Guimarães Rosa: do regional ao universal, com Magda Martins Magalhães; Vertentes do niilismo na obra poética de Manoel de Barros, com Fábio Mazziotti Pereira; e A metalinguagem na obra poética de Manoel de Barros: uma leitura do livro “Retrato do artista quando coisa”, com Edna Pereira Silva de Menezes.